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Abstract

O Brasil é reconhecidamente um dos maiores fornecedores mundiais de carnes, responsável por parte do abastecimento de diversos países. Nesse início de 2006 o MAPA relaciona 270 matadouros de bovinos e 123 de suínos distribuídos em todo o território nacional como SIF. De acordo com os dados do IBGE, os abates de bovinos totalizam cerca de 20,7 milhões de cabeças em 2005 e os de suínos, 21,8 cabeças, volumes que vêm aumentando ano após ano. O aproveitamento do sangue, assim como de outros subprodutos do abate nem sempre representa alguma forma de lucratividade para a indústria abatedora, embora o conjunto dos subprodutos garanta parte da rentabilidade do setor. O presente estudo aponta o direcionamento atual do sangue resultante dos abates de bovinos e suínos no Brasil. Por meio da quantificação do volume de abate e conseqüentemente, de sangue produzido, tem-se o conhecimento do potencial fornecedor desse subproduto, que de modo geral é visto pelos frigoríficos como um resíduo problemático de seu processo de transformação. Além disso, por intermédio de um mapeamento dessas unidades nas principais praças de abate, é possível detectar regiões com forte representatividade para produção de sangue e também por isso, consideradas promissoras ao fornecimento desse produto. Constatado, portanto, como forma de melhorar a lucratividade das unidades de processamento ou mesmo como maneira de solucionar o problema do resíduo, o aproveitamento do sangue pode e deve ser tratado estrategicamente por frigoríficos de bovinos e suínos, contribuindo para amenizar alguns dos principais riscos associados à atividade, dentre eles o ambiental. Em última análise, tem-se ainda a transparência do potencial a ser explorado pela indústria que usa o sangue como matéria-prima, o que além de representar uma oportunidade de investimento, poderia contribuir para amenizar problemas de ordem social.

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