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Abstract

Este artigo teve como objetivo analisar a visão neoclássica do desenvolvimento econômico a partir da modernização agrícola, particularmente, para os países em desenvolvimento. Para isso, teve-se como fonte teórico-empírica de análise as abordagens de Schultz e Paiva para o crescimento da agricultura. Constatou-se que, mesmo após anos de apresentação e discussão dos modelos apresentados por esses dois autores, os mesmos permanecem carentes de uma revisão crítica, tendo em vista que suas análises não perderam espaço, tanto no campo de política agrícola e econômica, quanto na realidade dos países em desenvolvimento.Assim, fez-se uma leitura dos escritos desses autores, além de seus críticos. Segundo Schultz, pela análise dos insumos de alto rendimento na agricultura poder-se-ia promover o crescimento de um país. Contudo, essa visão admitia o princípio da racionalidade plena para os agricultores e, logo, desconsiderava os legados da antropologia para a tomada de decisão desses agentes. Paiva apresentou a idéia de manter um setor agrícola moderno e um tradicional, pois o setor não-rural seria incapaz de absorver toda a produção, o que empobreceria o meio rural. Esta interpretação desconsiderou o equilíbrio geral da economia e a possibilidade de absorção da produção pelo mercado externo. Naprática, variáveis exógenas, como a intervenção dos governos no mercado e os conseqüentes efeitos sobre o comércio de bens agrícolas e sobre a renda daqueles que vivem no meio rural, não permitiram averiguar sobre a validade ou não das interpretações desses autores, inspiradas na hipótese neoclássica de mercados perfeitamente competitivos.

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