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Abstract
Os ganhos de produtividade na agricultura brasileira vêm apresentando crescimentos
expressivos, dessa forma o Brasil deveria estar se inserindo no contexto internacional com grande
competitividade. No entanto, observa-se que a estrutura logística brasileira é um gargalo que vem
reduzindo a competitividade agrícola do país. Como exemplo desta problemática, tem-se a
cotonicultura brasileira que vem passando por profundas transformações que resultaram na
posição do país como importante exportador mundial, mas que altos custos logísticos afetam seu
desempenho. Analisando-se o fluxo de algodão em pluma para exportação no Estado da Bahia,
segundo maior produtor, verifica-se que o quantum exportado pelo estado não é escoado pelos
Portos baianos em razão da falta de infra-estrutura adequada para o escoamento do produto. Dado
este cenário buscou-se avaliar alternativas de escoamento do algodão baiano destinado à
exportação, avaliando diferentes cenários. Como principais resultados, o modelo indica que
considerando a não implantação de infra-estrutura nos Portos baianos a produção deveria ser
escoada via Porto de Santos e Vitória, o que representaria uma redução de 2,08% quando
comparado com os atuais custos de escoamento. Numa alternativa, considerando a implantação da infra-estrutura necessária para o escoamento do algodão pelos Portos da Bahia, o modelo
indica que cerca de 84% da produção deveria ser escoada via Porto de Aratu e o restante via
Porto de Ilhéus, o que representaria uma redução de 28,39% sobre os atuais custos de
escoamento. Ainda, teve-se como resultado que optando por implantar a infraestrutura necessária
para exportar algodão em pluma em um Porto da Bahia, a opção que minimizaria custos de
escoamento seria a implantação no Porto de Aratu.