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Abstract

A partir da identificação de um sistema trinitário de regulação social (a reciprocidade, a redistribuição e o intercâmbio), uma gama muito variada de autores vem discutindo ultimamente quais as conseqüências do domínio cada vez mais amplo do intercâmbio mercantil nas sociedades contemporâneas, principalmente para as práticas dos espaços locais baseadas em lógicas de reciprocidade, que estruturam a organização social e produzem valores humanos, como a confiança e a justiça. Para a construção desse artigo, consideramos que a reciprocidade foi e continua sendo uma dimensão importante de ser levada em consideração, principalmente nas áreas rurais, mesmo na atualidade, e que a configuração de redes locais – parentesco, amizade, compadrio, vizinhança, de trabalho, entre outras – a partir do estabelecimento de relações e vínculos sociais baseados no princípio da reciprocidade, pode ser interessante não apenas para uma compreensão mais abrangente da realidade rural atual, mas também para moldar ações e estratégias locais de desenvolvimento. O grande desafio, no entanto, parece ser como fazer com que as possibilidades trazidas a partir da abordagem conjunta de reciprocidade e de redes sociais possam permitir a junção de características de modelos de desenvolvimento endógenos e exógenos, possibilitando a utilização dos recursos locais como base das políticas de desenvolvimento.

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