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Abstract
Este trabalho objetivou fazer um diagnóstico da malacocultura no município de São
Francisco do Sul, a partir de entrevista realizada com 31 produtores, tendo sido observado que
a atividade é recente no município, sendo realizada por pessoas de idades variadas, que
possuem, em sua maioria, como grau de instrução o ensino médio. Foi ainda verificado que a
dimensão mais freqüente da área de cultivo fica entre 500 e 2500 m2; o cultivo de mexilhões
é predominante, sendo o produto vendido in natura e os equipamentos mais utilizados pelos
produtores são o barco sem guincho e bomba para limpeza do produto, tendo chamado
atenção a indisponibilidade de rancho para armazenar ou limpar o produto. Entre as
instituições que atuam na atividade em Santa Catarina, a EPAGRI recebeu uma avaliação
bastante positiva, o mesmo não acontecendo com o Laboratório de Cultivo de Moluscos
Marinhos. A participação dos produtores em cursos relacionados à malacocultura é baixa,
porém os produtores que participaram têm opinião positiva sobre os mesmos. O
associativismo é limitado e o principal canal utilizado para a venda do produto são os
atravessadores. Quanto à existência de ações e programas para a atividade, é elevado o grau
de conhecimento sobre as fontes existentes de crédito, cujo acesso é considerado difícil,
devido a exigência de aval e garantias e a grande burocracia. Quanto a outros programas, foi
constatado um elevado desconhecimento dos mesmos.