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Abstract
O presente trabalho tem como objetivo determinar as fontes de crescimento das
lavouras temporárias no Estado da Bahia. Pois, com grandes alterações ocorrendo no meio
rural ocorrida principalmente a partir de 1990 com o incremento tecnológico, abertura
comercial, perda de capacidade de financiamento da agricultura pelo estado e a carência
quase que total de informações no tocante ao cultivo das lavouras temporárias, é de grande
valia estudos que demonstrem essas alterações de forma sistematizada. Com esse intuito,
utilizou-se a metodologia “shift-share”, conhecida como diferencial – estrutural, na
mensuração das fontes de crescimento das atividades agrícolas, tendo como fatores
explicativos da evolução da produção os efeitos área, rendimento e localização geográfica.
As alterações na área cultivada das culturas foram desmembradas em efeitos escala e
substituição. Apesar da importância da pecuária na Bahia, as pastagens não foram incluídas
no estudo devido à ausência de dados estatísticos. Verifica-se um grande crescimento da
soja nos períodos em estudo. O efeito rendimento não se mostrou marcante no crescimento
da produção das culturas, apontando um possível baixo nível tecnológico para algumas culturas. O fator área foi mais percebido no crescimento da produção
das culturas, indicando um uso extensivo do solo. Percebe-se que a soja foi a cultura que
obteve maiores ganhos em área no estudo, em detrimento da redução da área de outras
culturas. O algodão, a cana, o feijão, o milho e a soja obtiveram crescimento da produção
de 1985 a 2002, mas a mamona e a mandioca tiveram decréscimo da produção.